JORGE EM UMA DE SUAS FALAS SOBRE O TRABALHO FALSA MAGRELA DISSE: "Seu trabalho tem uma estética crua". Sem saber bem o que seria essa estética crua procurei informações na net, mas, não encontrei, então tive a ideia de perguntar a Glaucia Machado e Flávio Rabelo. A Glaucia me respondeu:
Charlene
não sei se é o caminho mais indicado para seu trabalho
mas estética crua me remete ao duplo CRU/COZIDO
que faz pensar na mais antiga das oposições
Natureza X Cultura
ou em termos bem modernosESTRUTURAIS
no trabalho do filósofo, antropólogo e etnólogo
Claude Lévy-Strauss
e em sua série (quatro ensaios) intitulada
MITOLÓGICAS: o primeiro é justamenteLe cru et le cuit (O CRU E O COZIDO), de 1964,
que traz 813 mitos diferentes analisadosnum arranjo que evoca música:
um clássico necessário -
Articular esses termos com
estética crua:
primeva,
de digestão mais difícil
que não passou pelo fogo,
FOGO, que depura,
pensar no mito do fogo,
na figura de PROMETEU -
em seu castigo, de ter o fígado devorado-
VISCERAL, castigo proporcional a seu roubo
do fogo para beneficiar ao homem.
Também me ocorre agora outro livro
Mary Douglas: Pureza e perigo,
que traz interessantes observações
sobre o que é elaborado, ordenado,
em confronto com o "cru", fora da ordem, sem controle.
Que esses argumentos sirvam,
para alguma coisa.
Abraço,
Gláucia.
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