terça-feira, 21 de setembro de 2010

Contribuições de Amigos

Jorge me enviou esta foto com a mensagem: Não é vírus, é a Vênus!!!



Obrigada Jorgito... Lembra muito ação do Rótulo quando tento me encaixar na imagem de outra mulher (ideal). A vênus já esteve entre essas mulheres no meu trabalho.

Essa foto está no site do fotógrafo: http://christopherwilsonphotography.com/Artist.asp?ArtistID=7931&Akey=PVSBGH5X

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Comida não resolve tristeza" Susie Orbach, psicanalista inglesa



"A comida não vai fazer nada além de matar a sua fome", diz a psicanalista
Fios brancos e rugas assumidas, Susie Orbach é a imagem daquilo que
defende. Autora de nove livros sobre a ditadura dos padrões de beleza
e transtornos alimentares, co-fundadora do Women Theraphy Centre, em
Londres, em 1976, e uma das psicanalistas mais conceituadas da
atualidade, ela ganhou notoriedade ao ser escolhida pela princesa
Diana como sua terapeuta na luta contra a bulimia - distúrbio
alimentar caracterizado pela ingestão exagerada de comida seguida de vômitos provocados.
Orbach critica a sociedade atual, seu medo exacerbado de gordura e o
que chama de indústria da dieta. “Há um aumento da comida saudável,
mas também há um aumento da obesidade. Temos medo de gordura, porém
somos gordos. Estamos com medo de comer, então comemos o tempo todo ou
não comemos nada”, disse ela, em entrevista ao Delas.
Para a psicanalista, o principal caminho a ser seguido é simples:
reconhecer o que é a fome. “Se não tem fome e quer comer, a pergunta é
“o que você quer realmente?” Porque a comida não te dará nada além de
saciedade. Se você não sabe o que quer comer quando não está com fome,
você quer qualquer coisa, menos comida. Você pode querer um abraço,
chorar, conversar, se fechar, menos comida”, relata.
A relação entre comida e emoções, que costuma ser um grande problema
tanto para a obesidade quanto para os transtornos alimentares, é alvo
da . “Não adianta, o chocolate não resolve a tristeza. A única coisa
possível nesse caso é senti-la. Você não precisa fugir dela, fazer com
que ela passe, você pode senti-la, assim como pode sentir a felicidade”, afirma.

Trecho da entrevista:

iG: Aqui no Brasil há uma pressão enorme em torno da forma do corpo,
pois é calor e ele fica mais à mostra. Isso, de alguma forma, pode
levar as mulheres aos problemas alimentares?
Não é só porque é quente, é porque os brasileiros têm uma história do
corpo, que é a de ter bumbum avantajado. E então vocês têm a cultura
visual norte-americana, que é a dos seios fartos. Na verdade, é a
questão cultural aliada à pressão comercial, o que faz com que as
mulheres se sintam infelizes com seus corpos.
Nós poderíamos ter uma cultura em que celebrássemos todos os tamanhos:
grande, pequeno, médios e assim por diante. Temos diversos tamanhos de
mulheres e todas se sentem enormes. Precisamos ser capazes de
identificar o que sentimos, nossos desejos, e assumir nosso corpo
 
iG: Por que as pessoas querem ser magras?

Se você pergunta para as pacientes o que elas acham que seriam se
fossem magras, as respostas são assustadoras. São coisas como “Todo
mundo ia me querer”, “Eu não teria dor”, “As coisas se resolveriam
mais facilmente”. É preciso deixar claro que isso é uma fantasia e
nunca seria verdade.O fato das mulheres viverem fazendo dieta também não é uma forma de
estar doente?Segundo alguns dados, 96% mulheres estão em dieta. Acho que isso é um
problema de saúde, porque há sempre uma ansiedade quando você come ou
uma euforia, é sempre um plano que se faz. É uma doença. É
angústia mental e não tenho dúvidas de que há implicações mentais
nisso, mas não estudamos ainda essa relação. Dizemos sempre “ah, é é tão bom que ela esteja fazendo dieta”, quando na verdade não é. As companhias alimentícias nos tornam completamente
loucos com essa venda de produtos, principalmente para dieta. É claro
que 97% das dietas fracassam, ou essas indústrias não teriam lucro,
porque se a dieta der certo, você só usa o produto uma vez.Há 50 anos as mulheres jejuam e comem demais, jejuam e comem demais – o corpo permanece o mesmo, a forma não muda, mas elas fazem isso e não necessariamente estão saudáveis. Temos que aprender a comer e a sermos felizes para sempre.


Obrigada Udson por ter me enviado o e-mail contendo essa entrevista.