terça-feira, 24 de abril de 2012



PS: Vídeo produzido para o depoimento do Fórum do CIRCUITO BODE ARTE

Tema: "Travessias e Cruzamentos do Corpo, Performance e Política: Como Pensamos? Como Performamos?"

           Performance e Política? Quando penso na história do teatro - por ser formada nesta área - posso encontrar nela uma referência de Teatro Político, com Piscator ou com poéticas políticas com Brecht (teatro dialético), Augusto Boal (teatro do oprimido), Nelson Rodrigues (teatro realista, sempre criticando a sociedade e suas instituições). Hoje, não consigo enxergar essa efervescência somente enquanto estética, como ainda acontece no teatro do oprimido/fórum, produzido pelo CTO, por meio dos multiplicadores/coringas; Mas para além de uma estética é notório que o próprio conceito de arte produzido na contemporaneidade desconstrói muitos padrões "artísticos". O engajamento produzido nessa linha de pensamento/linguagem parte do princípio de questionar o fazer arte, o ser artista, e alarga o conceito de obra para além da primazia. Neste ponto, a performance me parece ser a linguagem dentro dessa contemporaneidade que mais abarca essa alargamento (arte-política-ética), pois ela só se faz por meio desse pensamento amplificado de uma arte não arte, de uma arte contaminada por qualquer questão intrinsecamente ligada a vida (seja nível individual e/ou coletivo), não se limitando artisticamente. Pensando nessa questão do artista como um ser político me lembrei logo de um livro que tenho há alguns anos do poeta Jorge de Sena, um poeta português. Jorge produz palavras vivas, detentoras de corpos, corpos autônomos (forma -- peso -- alma -- luz -- energia -- organicidade, politicidade), produz, porque sempre me afeto quando o releio. Sendo assim podemos dizer que sua obra não fica presa no tempo, ela transita para comunicar sobre os que passaram, e que ainda jazem em todos nós, nos nossos desejos; e jazeremos nós nos que virão ao repartimos neste presente o seguinte objeto de arte: Videoperformance CORPORIFICAÇÃO DE SENA. Nele me aproprio do poema "A miséria das palavras". O pensamento deste poeta me contagia, sendo assim ele se presentifica na minha maneira de pensar/fazer arte.

SOBRE O POEMA

Pensando na força das palavras do poema e na crítica que o próprio poeta faz ao uso das palavras, da transgressão da linguagem, pensei numa ação que não comportasse o verbo falado, mas que o corpo pudesse apreender a sua dimensão. Com isso me veio em mente o dito popular "vou dar corda para se ele se enforcar"; Num jogo metafórico busco o movimento de enrolar "enforcar" a língua com um rolo de linha de 45 metros. Nesta ação o corpo vai reagindo de forma repulsiva, algo que consigo vislumbrar no poema trabalhado. Uso a voz do tradutor do google em francês para desenvolver justamente essa negação que o poeta propõe, negando o próprio poema ou desvirtuando-o, emaranhando-o na mecanicidade do ato de falar, da não vivacidade, desse recurso tecnológico e especificamente em francês como mascaramento de algo rebuscado, como às vezes a língua ludibria.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pesquisa para a Performance Banquete para los perros - Trilogia Pequenos Contágios

Fazendo minhas pesquisas de Banquete para los Perros - Experimentar el tiempo y el espacio de la calle encontrei essa reportagem da BBC BRASIL: SOPA DE CACHORRO É UMA AVENTURA CULINÁRIA http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/020406_coreiadogrs.shtml


PS: Pâmela Guimarães, amiga e companheira de trabalho, me sugeriu que fizesse a performance na Coréria do Sul. Seu pudesse e meu dinheiro desse!